quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Bispos criticam cortes estatais ao ensino particular e cooperativo

in (http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1754420)

Bispos criticam cortes estatais ao ensino particular e cooperativo

Ontem

Alexandra Serôdio
Os bispos portugueses alertaram hoje, terça-feira, para "a instabilidade social" que poderá ocorrer com o fecho de dezenas de escolas do ensino particular e cooperativo, que vão deixar de ser apoiadas pelo Estado.
"Queremos acreditar que as instâncias governativas abram o coração e a inteligência para esta realidade de dezenas e dezenas de escolas terem de fechar, causando problemas e instabilidade social consequente de milhares de professores e funcionários que ficam no desemprego" disse o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).
Segundo o padre Manuel Morujão o corte de 30% das verbas no ensino particular e cooperativo "vai obrigar ao fecho de muitas escolas", classificando esse facto com um "retrocesso não democrático". É que "o ensino particular é um serviço público", esclareceu.
"É dever do Estado favorecer esta liberdade que devem ter os pais de poder escolher a educação e consequentemente a escola que desejam  para os seus filhos. Mais ligado a esta ou aquela ideologia, confissão religiosa, agnóstica ou ateia, na variedade dos pais que querem que os seus filhos sejam formados segundos determinados padrões e valores", afirmou.
Falando aos jornalistas após a reunião do concelho permanente da CEP, que decorreu em Fátima, Manuel Morujão disse que a Igreja lutou para que "as coisas fossem esclarecidas" e que o projecto-lei, não fosse promulgado por Cavaco Silva, como aconteceu.
"Mas se errar é humano, é humano corrigir os erros. Por isso acreditamos que as instâncias governativas tenham a lucidez, a razoabilidade de inverter esta marcha que não nos parece nada democrática. Eram conquistas de Abril" sustentou.

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