segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Instituto Nun’Álvres na rua



Pais, alunos e professores do Instituto Nun’Alvres, em Santo Tirso, vão protestar, publicamente, contra o fim dos contratos de associação, já aprovados pelo Governo, anunciou à agência Lusa a presidente da associação de pais da escola.

O também conhecido como Colégio das Caldinhas pretende associar-se ao protesto nacional, que deverá ocorrer a 26 de Janeiro e envolver “93 estabelecimentos de ensino em todo o país”, explicou Sara Azevedo.


Estas decisões saíram de uma reunião realizada na sexta feira à noite e que juntou mais de mil pessoas, entre pais, alunos, professores e funcionários do Instituto Nun’Alvares.
Sara Azevedo explicou que, com esta medida, que implica cortes no financiamento ao ensino particular e cooperativo, estão a ser postos em causa os direitos dos pais de poderem escolher a escola para os seus filhos”. Uma outra acção aprovada na reunião pode passar por um “contacto com Cavaco Silva, candidato à Presidência da República, para abordar as repercussões desta redução” de 30 por cento no subsídio estatal.
Foi em Novembro que o Governo aprovou um decreto-lei, em Conselho de Ministros, para renegociar os contratos entre o Ministério da Educação e as escolas particulares. Uma medida justificada pela “diminuição da despesa pública no âmbito do esforço nacional de equilíbrio das contas públicas”.
Mas com a revisão da legislação dos “contratos de associação”, o Instituto Nun’Alvres poderá ter de diminuir a sua oferta escolar.
Preocupada com as consequências que esta redução poderá ter, a comunidade escolar promete agora fazer chegar os seus protestos “junto de entidades regionais e nacionais”, avançou a professora Francisca Dias.
A docente frisou que o que está em causa é a “resposta educativa a mais de 1.800 alunos jovens e crianças da região, sendo que 40 por cento são abrangidos pela acção social escolar”.
O Nun’Alvares, em contrato de associação desde 1974, está inserido numa zona onde “há uma elevada taxa de desemprego e muitas carências”, sendo que “dá apoio pedagógico, social, cultural e ainda afectivo” aos alunos, sublinhou a professora.
Com o fim dos contratos de associação, “não vai ser possível dar continuidade ao trabalho de qualidade desenvolvido até agora”, lamentou Francisca Dias, ao mesmo tempo que referiu que, a nível nacional, estão em causa mais de “80 mil estudantes”.
Para já, e para minimizar os efeitos deste corte, já houve uma redução salarial nas remunerações dos profissionais daquele estabelecimento de ensino.
O Nun’Alvares, colégio da Companhia de Jesus que tem uma parceria com o Estado há mais de 36 anos, é frequentado por cerca de 1.800 alunos, 1.500 dos quais dos anos de escolaridade afectados pela redução do apoio estatal.
in "Correio do Minho"

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