mudanças no financiamento
ALEXANDRA INÁCIO
Dirigentes de associações de pais de escolas com contrato de associação querem criar um movimento "nunca visto no país": encerrar os estabelecimentos "por tempo indeterminado", até que o Governo recue nos cortes orçamentais ao ensino particular.
Fonte oficial do Ministério da Educação, instada pelo JN a comentar esta intenção, deixou clara a posição da tutela: "As escolas não podem fechar, porque prestam um serviço de Educação contratualizado pelo Estado e estabelecido por lei".
No Externato de Penafirme, explicou Luís Marinho, a direcção acordou com professores e funcionários cortes salariais e nos horários, para fazer face à redução do financiamento a partir de 1 de Janeiro. Iniciativas como apoio ao Estudo Acompanhado ou Desporto Escolar "acabaram".
A medida, diz, está a ser debatida por outras associações de pais de escolas com contrato de associação. O objectivo é que não seja uma acção isolada, mas um "movimento, único no país". O possível fecho das escolas foi proposto no plenário realizado no fim-de-semana em Penafirme (que deu origem ao protesto junto à acção de campanha de Cavaco Silva) e apoiado "pela maioria".
Está "em cima da mesa", confirmou ao JN Rui Leite, presidente da Associação de Professores do Ensino Particular e Cooperativo com Contrato de Associação, explicando que será organizado pelos pais. A entidade aposta em contactos com partidos, para tentar travar os efeitos da legislação, e em interpelar os candidatos presidenciais.
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